Author name: JcBertolucci

Lago Paranoá Brasília, Náutica

Orla da Concha Acústica vive total abandono na área náutica

Em 2022 o Governo do Distrito Federal investiu R$ 8,2 milhões na reforma do Museu de Brasília e no Anfiteatro, mas toda a estrutura em água foi esquecida Edificações abandonadas, com lixo e abrigo de bichos peçonhentos se somam ao abandono da Orla (Foto: revistanavegar) Brasília tem no Lago Paranoá um de seus cartões-postais mais belos e importantes, mas a realidade vivida na Orla da Concha Acústica revela um cenário de abandono e descaso. A região, que deveria ser um espaço de lazer, turismo e práticas náuticas, encontra-se tomada por estruturas deterioradas, ocupações irregulares e ausência de políticas públicas voltadas à preservação e manutenção do espaço. Estruturas e decks destruídos tornam-se problemas para quem transita ou navega nas proximidades das margens (foto: RevistaNavegar) Logo à beira do lago, os decks náuticos estão abandonados, com tábuas soltas e deterioradas, oferecendo risco aos frequentadores. Jardins que deveriam compor a paisagem encontram-se malcuidados, tomados pelo mato. As calçadas estão quebradas, obrigando pedestres, inclusive crianças, a dividirem espaço com veículos que invadem as áreas destinadas ao passeio público. A falta de fiscalização transforma o local em território sem regras, expondo a população a perigos constantes. Problemas ambientais se agravam com uma doca irregular dentro do lago Paranoá (Foto Revista Navegar) Outro problema grave é a proliferação de barraquinhas improvisadas à beira do lago, instaladas sem estrutura mínima para atender turistas e frequentadores. Faltam condições de higiene, segurança e ordenamento urbano, o que contribui para a degradação da imagem de um espaço que deveria figurar entre os mais valorizados do turismo brasiliense. Estruturas dos decks na água tornam-se um eminente perigo para motonautas e lanchas (foto:RevistaNavegar)A situação do estacionamento público também é alarmante: o espaço está tomado por motorhomes antigos, alguns em avançado estado de deterioração, que permanecem estacionados por tempo indeterminado, descaracterizando a função original do local e prejudicando a circulação de visitantes. Carros ocupam as calçadas em um claro ato de despeito às leis de trânsito e frequentadores do local (foto: RevistaNavegar) Como se não bastasse, uma indústria de flutuantes se instalou em plena orla, montando uma espécie de doca para serviços de solda, pintura e outras atividades de alto impacto ambiental. O uso de abrasivos e produtos químicos, sem qualquer controle, coloca em risco a qualidade da água do Lago Paranoá, patrimônio natural da capital. A presença desse tipo de atividade industrial em um espaço público de lazer expõe a falta de respeito às regras ambientais e urbanísticas.Além disso, há diversas edificações abandonadas nas proximidades, que se transformaram em depósito de lixo, abrigo improvisado para moradores de rua, esconderijo para criminosos e pontos de proliferação de animais peçonhentos. O conjunto reforça a sensação de insegurança e desamparo da comunidade que frequenta a região. Abandono e sujeira em edificações remanescentes do belo projeto Orla feito em 1998 (foto:Revista Navegar) Enquanto a orla náutica segue esquecida, o Governo do Distrito Federal investiu, em 2022, cerca de R$ 8,2 milhões na reforma do anfiteatro da Concha Acústica e do Museu de Arte de Brasília, ambos na parte térrea do complexo. Entretanto, nenhum centavo foi destinado à área náutica ou às estruturas de uso público que margeiam o lago, revelando a ausência de uma política integrada para revitalização da região.O abandono da Orla da Concha Acústica não é apenas uma questão estética. Trata-se de um problema que envolve segurança pública, meio ambiente, turismo e cultura. A falta de investimentos e de fiscalização ameaça a integridade do espaço e compromete o potencial que a área possui para atrair visitantes, gerar empregos e promover lazer de qualidade para a população.A comunidade náutica, moradores e frequentadores cobram das autoridades do Distrito Federal medidas urgentes para reverter este quadro. Preservar o Lago Paranoá e os espaços que o cercam não é apenas uma questão de cuidado com o patrimônio urbano, mas também de respeito à história, ao meio ambiente e ao futuro de Brasília.

Geral, Lago Paranoá Brasília, Pesca, Turismo

Feira da Pesca e última etapa do Campeonato agitam o Lago Paranoá neste fim de semana

(Foto: JCbertolucci) Brasília se prepara para um fim de semana de esporte, lazer, música e conscientização ambiental. Nos dias 16 e 17 de agosto, a Orla da Concha Acústica, às margens do Lago Paranoá, será palco da última etapa do Campeonato de Pesca do Distrito Federal, que acontece em conjunto com a Feira de Pesca do DF. A entrada é gratuita e a programação inclui desde competições esportivas até apresentações culturais, atividades para crianças e estandes de produtos e serviços ligados ao setor náutico e pesqueiro. O evento, que encerra o circuito iniciado em junho, terá disputas em três modalidades: pesca de barranco, embarcada e em caiaque. A iniciativa integra o programa de governo “Viva o Lago”, realizado pela Secretaria do Meio Ambiente do DF (SEMA), por meio da Subsecretaria de Pesca e Aquicultura (SUPESQ), com apoio de diversos parceiros públicos e privados. (Foto: JCbertolucci) Mais que um campeonato, uma ação de educação ambiental O campeonato não se limita à competição esportiva. Seu objetivo central é incentivar a pesca esportiva consciente, com ênfase na prática do “pesque e solte” e no uso sustentável dos recursos hídricos. As ações seguem diretrizes da Lei Distrital nº 7.399/2024, que regulamenta a pesca no Lago Paranoá. A vice-governadora Celina Leão reforça que a proposta vai além da pesca: “Estamos investindo em ações que valorizam o meio ambiente, movimentam a economia local e fortalecem o sentimento de pertencimento da população em relação ao Lago Paranoá”, afirma. O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, lembra que a pesca responsável pode ter efeitos positivos de longo prazo: “A pesca responsável tem potencial para gerar renda, fomentar o turismo ecológico e criar uma nova cultura de cuidado com os recursos naturais em Brasília.” (Foto: JCbertolucci) Feira de Pesca e programação para toda a família Paralelamente às provas, o público poderá visitar a Feira de Pesca do DF, que reunirá expositores, lojistas e especialistas. A estrutura contará com estandes de marcas e artistas como CBPE, PQP, Kamaro Joias, MG Náutica, Siella Solar, entre outros, oferecendo desde equipamentos e acessórios de pesca até obras de arte, joias e produtos gastronômicos. A programação musical traz nomes conhecidos como a dupla sertaneja Wilian & Marlon e o cantor Júnior Ferreira, garantindo momentos de animação e integração para o público. Para as crianças, a diversão ficará por conta da Cia Teatral Neia e Nando, com espetáculos lúdicos e interativos como Alice no País das Maravilhas e Uma Aventura Congelante. Também estão previstas palestras, workshops, torneio de arremesso e ações de educação ambiental conduzidas por técnicos da SUPESQ, que irão apresentar projetos como o Appesca (aplicativo de pesca), a Revista Eletrônica de Pesca, o projeto Águas Limpas e o Zoneamento de Áreas de Pesca. Impacto econômico e social De acordo com os organizadores, a etapa final deve atrair mais de mil pessoas entre competidores, turistas e visitantes, movimentando restaurantes, hotéis e o comércio especializado de Brasília. A expectativa é de um impacto econômico positivo na ordem de meio milhão de reais, reforçando o papel do Lago Paranoá como um ativo de lazer, turismo e desenvolvimento sustentável. Programação Sábado – 16 de agosto Domingo – 17 de agosto

Geral

Concha Acústica e a sua orla esquecida

Pôr-do-Sol visto a partir das margens do Lago Paranoá (Foto: JCBertolucci) À beira do Lago Paranoá, um dos cartões-postais mais bonitos de Brasília, também ergue-se a Concha Acústica — projetada para ser um ponto de encontro entre a arquitetura de Niemeyer, a música e a natureza. O cenário, visto de longe, é de encher os olhos: um anfiteatro monumental, a curva branca recortando o azul do lago e o verde das árvores. Mas basta se aproximar para perceber que o local não vive o esplendor que poderia. No vídeo sobre a matéria (assista aqui no link:https://youtube.com/watch?v=TEm_yFwP6eo&feature=shared, as imagens falam mais alto do que qualquer discurso: ausência de estruturas de apoio e um entorno que carece de cuidado. A orla, que poderia ser um polo de turismo náutico e cultural, hoje parece relegada a um papel secundário na cidade. Não há um pier estruturado para embarque e desembarque, não existem serviços que integrem o visitante à experiência do lago, tampouco atividades regulares que aproveitem o potencial de lazer e esporte náutico do espaço. Píer em péssimas condições leva perigo aos transeuntes e navegantes que frequentam a Concha Acústica (Foto: Revista Navegar) Em uma capital planejada, onde o Lago Paranoá foi concebido como parte do desenho urbano e como instrumento de valorização paisagística e de recreação, é difícil entender por que pontos como a Concha Acústica permanecem sem a devida atenção. O que se vê é um espaço com vocação clara, mas que opera muito aquém de sua capacidade de atrair e manter fluxo turístico consistente. A falta de integração entre a gestão cultural e a náutica é um erro estratégico. Cidades com potencial hídrico semelhante — seja à beira-mar ou à beira de lagos — exploram seus espaços com marinas públicas, feiras flutuantes, cafés à beira da água e eventos que movimentam a economia local. Em Brasília, a cena que se repete é a do visitante que contempla, mas não permanece. E um turista que não permanece é também uma receita que se perde. Edificações abandonadas, caso de saúde pública (Foto: Revista Navegar)A história da Concha Acústica Projetada por Oscar Niemeyer e inaugurada em 1969, a Concha Acústica foi concebida como um anfiteatro ao ar livre capaz de receber grandes espetáculos com o Lago Paranoá como pano de fundo. Seu formato curvo e côncavo, além de esteticamente marcante, foi pensado para otimizar a acústica natural. Ao longo de sua trajetória, o espaço já recebeu apresentações memoráveis, de artistas consagrados da música brasileira a eventos cívicos e culturais. Nos anos 1980 e 1990, tornou-se um dos principais palcos de shows em Brasília, mas enfrentou períodos de abandono e inatividade. Reformas pontuais devolveram-lhe condições de uso, mas o brilho dos tempos áureos ainda não foi resgatado. Hoje, ainda permanece como um ponto de visitação gratuito, aberto diariamente, e, embora esteja à beira de um lago navegável, raramente é associado a eventos náuticos — uma contradição evidente para um espaço que poderia funcionar como elo entre a cultura e o turismo aquático. Cultura e turismo náutico: um casamento que Brasília ainda deve ao Lago A Concha Acústica, com sua localização estratégica, poderia ser o coração de um complexo cultural-náutico integrado. Imagine o visitante chegando de barco para assistir a um concerto ao pôr do sol; ou turistas desembarcando para conhecer o Museu de Arte de Brasília, almoçar em um restaurante à beira d’água e participar de atividades aquáticas. Esse modelo não é utopia: é realidade em inúmeras cidades turísticas que entenderam que a água é um ativo econômico e cultural. Investir em infraestrutura náutica — desde píeres e decks até sinalização e serviços de apoio — não é luxo, é estratégia de desenvolvimento. Além do abandono estrutural, a falta de fiscalização transformou a área em um estacionamento improvisado. Veículos transitam e estacionam livremente sobre a calçada, desrespeitando o espaço destinado aos pedestres e colocando em risco a integridade física de crianças que circulam e brincam no local. O piso, já desgastado pelo tempo e pela ausência de manutenção, sofre ainda mais com o peso e a passagem constante de carros e motos. Essa ocupação indevida, além de ser ilegal, afasta famílias e compromete o uso seguro do espaço público, reforçando a sensação de descaso com o patrimônio da cidade. Crianças brincam na calçada da Concha Acústica, entre carros que circulam e estacionados. Falta de fiscalização e regras no local gera perigo aos transeuntes (Foto: Navegar) Enquanto Brasília mantiver essa separação artificial entre seu patrimônio cultural e seu patrimônio hídrico, perderá a oportunidade de transformar espaços como a Concha Acústica em motores de turismo e qualidade de vida. O Lago Paranoá foi criado para ser parte viva da cidade. Integrar a cultura à náutica é, portanto, mais do que uma ideia: é devolver sentido a um dos lugares mais emblemáticos da capital.

Geral, Náutica, Pesca

Feira da pesca acontece na capital

Brasília se prepara para a etapa final do Campeonato de Pesca com Feira da Pesca na Orla da Concha Acústica Brasília vivenciará nos dias 16 e 17 de agosto uma combinação única de esporte, lazer, cultura e educação ambiental com a etapa final do Campeonato de Pesca do Distrito Federal, integrada à Feira de Pesca do DF. O cenário escolhido — a Orla da Concha Acústica, à beira do Lago Paranoá — será palco de três modalidades (pesca de barranco, embarcada e em caiaque) e diversas ações voltadas à conscientização ecológica, com entrada gratuita para o público. Campeonato chega à sua terceira e última etapa com uma feira sobre o setor da pesca, náutico atividades diversas (Foto: JcBertolucci) A competição, que já passou pelas duas primeiras etapas nos dias 28 de junho e 12 de julho, terá sua grande final no fim de semana 16 e 17 de agosto, reunindo atletas, famílias, lojistas, especialistas e entusiastas da pesca esportiva. Mais que uma disputa, o encontro busca promover não apenas o esporte, mas também a valorização da cultura náutica, o turismo e a preservação dos recursos hídricos. Organizado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (SEMA-DF), por meio da Subsecretaria de Pesca e Aquicultura (Supesq) e como parte do programa governamental “Viva o Lago”, o campeonato incentiva a pesca esportiva consciente — com enfoque na prática do “pesque e solte” — e contribui para movimentar a economia local, reforçando a importância do Lago Paranoá como patrimônio natural e espaço de convivência. As duas primeiras etapas reuniu dezenas de praticantes da pesca esportiva. Muitos vieram de estados vizinhos ao df (Foto: JcBertolucci) A vice-governadora, Celina Leão, destacou que esta iniciativa “valoriza o meio ambiente, movimenta a economia local e fortalece o sentimento de pertencimento dos cidadãos em relação ao Lago Paranoá e à nossa cidade”. O secretário do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, complementa afirmando que o campeonato “reforça nosso compromisso com o meio ambiente ao promover a prática da pesca esportiva de forma sustentável e consciente… gera renda, fomenta o turismo ecológico e cria uma nova cultura de cuidado com os recursos naturais em Brasília”. Pescadores na orla da Concha Acústica (Foto: JcBertolucci) A última etapa do campeonato está alinhada à Lei Distrital nº 7.399/2024, que regulamenta a pesca no Lago Paranoá, e será formalizada por meio de um decreto elaborado por um grupo de trabalho formado por representantes da SEMA, Seagri, Brasília Ambiental, Embrapa, Emater e Ministério da Pesca e Aquicultura. Além da competição, a Feira de Pesca do DF oferecerá uma programação abrangente: exposição de equipamentos, palestras, workshops e atividades voltadas a toda a família. Os inscritos — cuja participação é gratuita — receberão um kit que inclui camiseta, viseira, ecobag, squeeze e lanche individual. A estrutura do evento também contará com café da manhã para os participantes e um coquetel volante ao final, durante a premiação. O evento também servirá como vitrine para iniciativas educacionais e ambientais da SEMA-DF. Entre elas, destacam-se o Appesca (aplicativo de pesca), a revista eletrônica especializada, pesquisas sobre a ictiofauna e o estoque pesqueiro, o projeto Águas Limpas, o zoneamento de áreas de pesca e o projeto Ancorar, além de ações educativas direcionadas a pescadores, escolas e à sociedade em geral — todos integrados ao programa Viva o Lago. De acordo com estimativas da organização, a etapa final deve atrair mais de mil participantes entre competidores e visitantes, movimentando o comércio local de artigos de pesca, alimentação e hospedagem. A previsão é de que o evento gere um impacto econômico positivo de cerca de R$ 500 mil para o Distrito Federal, impulsionado pelo turismo, pela rede hoteleira e pelo aumento no consumo de produtos e serviços na região. Serviço – Campeonato de Pesca do DF 2025

Geral

Lago Paranoá: O potencial desperdiçado de um patrimônio brasiliense

Com 86 km de margens e mais de 20 mil passageiros transportados por mês, esse espelho d’água ainda está longe de contar com a infraestrutura necessária para atender sua crescente demanda turística. O Lago Paranoá é, sem dúvida, um dos maiores símbolos de Brasília. Concebido ainda no plano urbanístico de Lúcio Costa e alimentado pelas águas represadas do Rio Paranoá, o lago artificial ocupa uma área de 48 km² e foi projetado não apenas como elemento paisagístico, mas também como regulador climático, reserva hídrica e espaço de convivência social. No entanto, mesmo sendo um bem público de valor inestimável, o Lago Paranoá continua sendo subutilizado e carente de investimentos que estejam à altura de sua importância estratégica para a capital federal. Pôr do Sul visto do Pontão do Lago Sul, local que recebe mais de 450 mil pessoas por mês (Foto: João Carlos Bertolucci) O lago é mais do que um cartão-postal: ele é uma adjacência do lar brasiliense, o verdadeiro quintal da casa dos moradores do Distrito Federal. A população, sobretudo nos fins de semana e feriados, busca suas margens para se reunir com amigos em um simples acampamento com churrasco, praticar esportes náuticos, caminhar, pedalar ou simplesmente admirar o pôr do sol. É um espaço democrático, acessível — pelo menos em parte — e de forte ligação afetiva com os que aqui vivem. Com o projeto Orla Livre, que determinou o recuo das cercas de propriedades privadas que invadiam as margens do lago, o governo deu um passo importante no sentido de devolver o lago à população. Algumas áreas foram revitalizadas, criando novos espaços de lazer e circulação. No entanto, a verdade é que, mesmo com essa abertura, o Lago Paranoá segue sendo mal explorado do ponto de vista turístico, econômico e estrutural. Os investimentos públicos e privados em infraestrutura nas margens do lago ainda são ínfimos diante de seu potencial. Falta um plano integrado que contemple não apenas a preservação ambiental, mas também o fomento ao turismo, a organização das atividades náuticas e a valorização do entorno. A ausência de estrutura básica, como píeres públicos organizados, sinalização náutica eficiente, áreas de apoio aos visitantes, sanitários, iluminação e segurança, compromete a experiência de quem deseja usufruir desse espaço com conforto e dignidade. Transporte de passageiro no lago brasiliense, mais de 20 mil pessoas transportadas por mês (Foto: JCBertolucci) Para se ter uma ideia do quanto o Lago Paranoá poderia render mais ao Distrito Federal, atualmente o turismo náutico transporta cerca de 20 mil passageiros por mês. Mesmo assim, não há sequer um local oficial e padronizado para o embarque e desembarque de passageiros. As atividades de navegação, muitas vezes improvisadas, ocorrem em locais sem infraestrutura adequada, o que além de causar desconforto, compromete a segurança de usuários e operadores. Isso sem contar o prejuízo ambiental decorrente da ausência de regras mais claras e fiscalização contínua. Imagine se Brasília tivesse píeres turísticos em pontos estratégicos — Lago Norte, Lago Sul, Pontão do Lago Sul, Cabeceira Norte da Ponte JK, Península dos Ministros/Morro da Asa Delta, entre outros — interligados por linhas regulares de transporte náutico, com integração ao transporte terrestre, bares, restaurantes, feiras de artesanato, atividades culturais e esportivas. Imagine ainda a criação de parques lineares contínuos ao redor do lago, com ciclovias, áreas de convivência, centros de atendimento ao turista, serviços de aluguel de equipamentos náuticos e suporte técnico. Os empregos que isso geraria — diretos e indiretos —, a arrecadação de tributos, a atração de visitantes, a valorização imobiliária e a movimentação econômica seriam expressivos. José Humberto Pires (Secretário de Governo do DF – à esquerda), Cristiano Araújo, Secretário de Turismo (à direita), em ocasião do evento Brasília Boat Show, ocorrido em novembro de 2024 – Foto: JcBertolucci Com planejamento, o Lago Paranoá pode se tornar um verdadeiro vetor de desenvolvimento econômico e social. O turismo náutico e de lazer pode ser um dos grandes motores da economia local, sobretudo se vinculado a políticas de sustentabilidade, incentivo ao empreendedorismo e valorização da cultura brasiliense. Além disso, a requalificação das margens traria ganhos ambientais ao garantir a preservação do espelho d’água e o combate à ocupação irregular. O Governo do Distrito Federal precisa enxergar o Lago Paranoá como um ativo estratégico de sua política de desenvolvimento. A população já reconhece sua importância simbólica e afetiva. Falta agora reconhecer — com ações concretas — seu valor econômico, turístico, ecológico e social. Com os investimentos certos, Brasília pode transformar esse imenso espelho d’água em um verdadeiro espelho de progresso, inclusão e qualidade de vida.

Náutica, Turismo

Brasília Boat Show, adiado

Logo usada no Brasília Boat Show em 2024       A 2ª edição do Brasília Boat Show, prevista para acontecer no mês de agosto deste ano, foi adiada pela organização do evento. A justificativa é simples: o Governo do Distrito Federal não vai aportar recursos no famoso Grupo Náutica, que além do Boat Brasília, realiza os tradicionais salões náuticos do Rio de Janeiro, São Paulo, Jataí, Foz do Iguaçu e Salvador. O grupo também é responsável pela publicação da Revista Náutica.              Em 2024, por ocasião da primeira edição realizada na icônica Concha Acústica, o evento contou com uma singela participação do público brasiliense. Ainda assim, o GDF aportou cerca de R$ 4 milhões na iniciativa. E, como já é sabido no meio náutico, o empresário Ernani Paciornik, fundador do Grupo Náutica, não entra em negócios para ter prejuízo.   Palestra sobre segurança náutica na Boat Brasília (Foto: JcBertolucci)       Como o evento em Brasília não atraiu muitos estaleiros – ao contrário do que ocorre nos salões náuticos do Rio e São Paulo – e tampouco teve uma resposta expressiva do empresariado brasiliense e goiano, Ernani preferiu não correr o risco de repetir a edição, sem o apoio financeiro do GDF.     João Carlos Betolucci (presidente AsbranauT) e Ernani Parcionik (Presidente Grupo Náutica) em ocasião da feira náutica de Brasília em 2024 (Foto: JCBertolucci)       Esse é o grande problema do Governo do Distrito Federal: a descrença no empresariado local, que, diga-se de passagem, conta com nomes de grande competência e vasta experiência na organização de eventos de porte nacional e internacional. Basta verificar o sucesso dos empresários responsáveis pela R2 Produções, organizadora do consagrado festival Na Praia, para perceber que há expertise e talento de sobra no DF.             Vale lembrar que Brasília possui a 4ª maior frota náutica do Brasil, ficando atrás apenas de polos consolidados como o Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina – o que reforça a vocação náutica do mercado brasiliense.      A capital federal, privilegiada por abrigar um dos lagos urbanos navegáveis mais importantes do país, conta com mais de 12 marinas particulares e outras 10 instaladas em clubes. Esses números são indicativos claros da força e do potencial do mercado náutico local.       Portanto, era imperativo que a Secretaria de Turismo tivesse investido essa vultosa soma de milhões de reais em um projeto náutico com a assinatura do empresariado brasiliense. Infelizmente, ainda persiste uma visão míope de que os profissionais e empreendedores qualificados estão sempre além das nossas divisas.     Visão da estrutura da Boat Brasília 2024 (Foto: JCbertolucci) Eventos dessa natureza, organizados por empresários locais, teriam maior sensibilidade às particularidades do mercado brasiliense, maior articulação com o público e as instituições da cidade, e, sobretudo, promoveriam a economia da região de forma mais integrada e perene. Além disso, o apoio ao empreendedorismo local fortalece o tecido empresarial do Distrito Federal, gera empregos, estimula o turismo e garante maior autonomia ao setor de eventos.       Público não sustentou as perspectivas dos organizadores (Foto: JcBertolucci) E não é verdade que não foram apresentados ao GDF projetos similares ao Boat Brasília. O que faltou, de fato, foi que algum desses projetos locais fosse abraçado financeiramente, com a mesma convicção e generosidade com que foi acolhida a proposta do Grupo Náutica – os forasteiros da náutica, além das fronteiras brasilienses.

Náutica

Arquitetura inteligente e segurança: novo barco de 34 pés é lançado no Brasil

A proa é um dos espaços mais cobiçados na hora da navegação. Indústrias vêm investindo em novidades na proa dos barcos de lazer como é o caso de espaços mais amplos, funções versáteis e itens de segurança. A Armatti 340 Solarium, do fabricante brasileiro Armatti Yachts, é uma novidade que deve chegar ao mercado no segundo semestre do ano “A nova Armatti 340 Solarium redefiniu a arquitetura na proa (parte frontal) de barcos de 34 pés e traz espaço de sobra para relaxar e aproveitar o passeio no mar na proa”, afirma o CEO da Armatti Yachts, Fernando Assinato. O modelo é  um lançamento do estaleiro brasileiro que inova ao trazer, em uma embarcação deste porte, espaços ainda maiores. A proa, por exemplo, é uma das maiores da categoria, segundo a marca, e comporta confortavelmente até 3 pessoas. Em termos de segurança a novidade é o passadiço rebaixado mais de 30 centímetros, que facilita a circulação e garante proteção às pessoas a bordo, considerando que além desse rebaixo o barco ainda possui um guarda mancebo que gera ainda mais segurança na navegação. A proa também conta com mobiliário versátil que pode ser usado tanto para banhos de sol quanto para confraternizações. Nesta fase de pré-lançamento, a embarcação custa a partir de R$ 1.1 milhão e a novidade deve chegar às águas nacionais e internacionais já no 2º semestre deste ano. A primeira venda já foi realizada e será destinada aos Estados Unidos. “A Armatti 340 Solarium é um modelo único em sua categoria e promete surpreender o mercado nacional e internacional e que tem entre os destaques, na sua grandiosidade de 10,30 metros de comprimento, um pé direito de 1,90m nas cabines, que confere ainda mais conforto aos passageiros. Temos certeza que assim como outros modelos da marca conquistaram diversos públicos, esta nova lancha também será bem recebida”, comenta o CEO da Armatti Yachts, Fernando Assinato. Conheça a Armatti 340 Solarium Armatti 340 Solarium – Arte: Divulgação A Armatti 340 Solarium destaca o amplo solário, para até 3 pessoas, que privilegia o contato com o exterior e a natureza. É um ambiente ideal para banhos de sol, pequenas confraternizações e também apreciar a vista durante a navegação. Além disso, o ambiente permite aos passageiros terem mais contato com o exterior, considerando a amplitude do espaço e a passagem rebaixada na proa, de mais de 30 centímetros além de guarda mancebo, que faz o acesso para essa área ser ainda mais confortável e segura. Além de um solário privilegiado, a nova Armatti 340 esbanja conforto, tecnologia e elegância. A parte central da embarcação (cockpit) chama atenção pelo amplo espaço com acomodações para 14 pessoas, além do piso nivelado, diferencial desta categoria, até o posto de comando. Tem também uma mesa de apoio para refeições e porta-copos. Este espaço possui ainda um posto de comando (volante) e é protegido por um teto rígido, conhecido no mundo náutico como hard top (HT). Na praça de popa está a área gourmet com pia, churrasqueira e geleira. Este ambiente também pode ser configurado para receber uma motorização dupla de popa, de até 2x 250hp cada motor, ou motores internos (centro-rabeta) que dão mais espaço à popa. Este espaço também foi desenvolvido de forma que não atrapalhe a vista de quem está no cockpit. “Diferente do que encontramos no mercado, o balcão foi remodelado para que, quando elevado para o uso da grelha e pia, não ‘divida’ os ambientes do cockpit e popa”, afirma Assinato. O interior da embarcação de 34 pés impressiona, tanto pelo pé direito de 1,90m, mas também pelas configurações adotadas que possibilitam a pernoite de até 4 pessoas. O banheiro conta com box do chão ao teto que traz ainda mais conforto, e sanitário isolado, fora do box. Ao descer as escadas de acesso a esse ambiente do barco, uma cozinha com sofás e mesa ao centro possibilita receber até 6 pessoas para refeições.

Pesca

Agro do Quadrado: Criação de pescados bate recorde com formalização de produtores rurais

Em 2023, Distrito Federal produziu duas mil toneladas de peixe; trabalho de capacitação e suporte técnico deu resultado, e número de piscicultores cresceu 47,3% Atividade agropecuária milenar, a piscicultura tem encontrado um cenário próspero de crescimento na capital federal, detentora do terceiro maior mercado consumidor de pescados do país. Em solo brasiliense, a prática vem ganhando força especialmente entre novos produtores rurais, que contam com o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF) para se consolidarem no ramo. Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater), em 2023 a produção de pescados superou impressionantes 2 mil toneladas – a maior da história da capital, representando um aumento de quase 25% em relação a 2019. Esse salto expressivo na criação reflete o potencial e a atratividade do negócio no Quadradinho. Os números da Emater indicam que o quantitativo de produtores rurais dedicados à criação de peixes também acompanhou a tendência de crescimento da atividade. Nos últimos cinco anos, o montante de piscicultores cresceu 47,3%, saltando de 624, em 2019, para 919, no último ano. Nesse cenário de expansão, a Emater tem desempenhado papel fundamental na oferta de capacitação, suporte técnico e orientação tanto para os novos piscicultores quanto para os produtores rurais já consolidados na atividade. O presidente da Emater-DF, Cleison Duval, diz que a empresa atua para incentivar a agroindústria de pequeno porte “A empresa atua no sentido de ajudar os produtores a obterem o licenciamento ambiental e a outorga de água”, resume Adalmyr Morais Borges, coordenador do programa de aquicultura. “Também estimulamos a adoção de novas tecnologias e métodos de produção sustentáveis, utilizando-se da energia fotovoltaica e voltada para o menor consumo de água possível.” Do total de criadores, em torno de 100 comercializam regularmente a produção. Os demais produzem para a própria subsistência ou para o comércio informal. Para o presidente da Emater, Cleison Duval, um dos desafios da empresa está justamente na formalização desses piscicultores menores. “O nosso grande projeto é incentivar a agroindústria de pequeno porte. É uma preocupação nossa formalizar esses produtores para eles se inserirem no mercado formal e institucional”, afirma. A comerciante Rayane Araújo, dona de restaurante, compra pescado produzido no DF: “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa” Atualmente, são poucos os produtores locais capazes de acessar o mercado brasiliense, ainda que a capital esteja entre as unidades da Federação onde mais se consome peixe. “Queremos transformar Brasília em mais que um grande consumidor, mas um grande produtor também, formalizando todo o processo e conseguindo fechar esse ciclo. É fomento para a economia local, gerando mais empregos e renda para esses produtores”, defende o presidente. Gama lidera produção Nenhuma outra região administrativa do DF produz mais pescados que o Gama (veja a relação completa abaixo). Sozinha, a cidade concentra mais de um quarto de toda a produção local e, em 2023, foi responsável pela criação de 555 mil kg de peixes. Entre os maiores piscicultores gamenses, está Éber Maia, da Terra Mare Pescados. Arte: Agência Brasília No segmento há dez anos, o produtor é o único de todo o DF a exportar peixes para outros estados. Atualmente, ele concentra sua atividade na criação de tilápias juvenis, ou seja, em estágio de desenvolvimento. “Faço parte de um nicho específico da cadeia produtora. Eu recebo o peixe alevino, transformo em juvenil e posteriormente vendo para pesque-pagues e empresas de engorda da tilápia para abate”, detalha Maia. Os números de comercialização da criação impressionam. “Estamos vendendo uma média mensal de 240 mil juvenis. Em abril, foram 320 mil comercializados. É um mercado em crescimento, e a gente conta com todo apoio da Emater para seguir expandindo. Aqui, as visitas dos técnicos da empresa são periódicas”, continua o piscicultor. Um dos clientes de Maia está localizado a poucos quilômetros da sua propriedade, na Ponte Alta Norte, ainda no Gama. Trata-se da Piscicultura Olimpo, onde o peixe juvenil comercializado pelo produtor é engordado para ser abatido. “Além de produzir o nosso próprio juvenil, contamos com essa parceria para ampliar a nossa produção, que vem aumentando ano a ano”, afirma o proprietário, Guilherme Gonçalves. Na propriedade, os peixes juvenis são alimentados por seis meses em viveiros escavados sem revestimento e com solo natural. “Meu produto é o peixe gordo para ser vendido para frigorífico e restaurantes. Já são mais de dez anos nessa atividade em constante crescimento, pois a demanda também é crescente e se trata de um produto de alto valor agregado e com grande apelo do consumidor local”, diz. A comerciante Rayane Araújo é compradora recorrente das tilápias criadas por Gonçalves. “É um fornecedor de bastante confiança, e compramos com ele uma vez por semana”, conta. “Por ser de um produtor local, o preço é bem mais em conta, sem falar na qualidade de ter um peixe fresco na mesa. Aqui no restaurante, a tilápia frita é um dos pratos mais vendidos”.

Náutica, Turismo

Acidente com lanchas na ilha de Boipeba, destino turístico na Bahia, deixa dois mortos

Colisão ocorreu em trecho conhecido como Rio do Inferno. Condutor de uma das lanchas apresentava sinais de embriaguez e foi preso em flagrante Uma colisão entre duas lanchas na ilha de Boipeba, destino turístico no baixo sul da Bahia, deixou duas pessoas mortas, na tarde desta sexta-feira (29). De acordo com o departamento de Polícia Técnica, os mortos são um homem e uma mulher. Anteriormente, a Polícia Civil disse que as vítimas seriam dois homens. O acidente foi registrado por volta de 15h30. Uma mulher chegou a ficar desaparecida, mas foi localizada após ser socorrida. Ela bateu a cabeça durante o acidente e não foi localizada na contagem inicial de passageiros. A mulher está hospitalizada na cidade de Santo Antônio de Jesus. O condutor de uma das lanchas apresentava sinais de embriaguez e foi preso em flagrante. Ele foi encaminhado à Delegacia Territorial de Cairu, onde está à disposição da Justiça. A colisão ocorreu no Rio do Inferno, nas imediações do Encantado, no local conhecido como Cruzinha, na Ilha de Boipeba. Ainda não há detalhes sobre o que provocou o acidente nem sobre o número total de feridos. Uma das embarcações, a DATTOLI XII, fazia a travessia de passageiros entre a cidade de Valença e Boipeba, que pertence ao munícipio de Cairu. Quinze passageiros estavam nesta embarcação. Já a outra lancha fazia um passeio pela região, o chamado “Volta à Ilha”. Essa segunda embarcação havia saído de Morro de São Paulo, praia paradisíaca que fica na mesma região. De acordo com a Transportes Datolli, empresa responsável pela travessia, o marinheiro da empresa que conduzia a lancha que saiu de Valença tem experiência de mais de vinte anos na condução de embarcações e foi gravemente atingido na colisão e está hospitalizado. A embarcação foi partida ao meio. Ainda segundo a empresa, outras pessoas sofreram escoriações. Não há detalhes sobre o número de feridos. Ainda segundo a Datolli, o condutor da embarcação que causou o acidente fugiu do local sem prestar socorro às vítimas, mas foi preso pela Polícia e conduzido à Delegacia de Cairu. Procurado pela reportagem, o Corpo de Bombeiros disse que não foi acionado para atender a ocorrência. A reportagem também procurou a Prefeitura de Cairu, mas, até o momento, não houve retorno. Em nota, a Marinha afirma que ao saber do ocorrido, enviou militares ao local imediatamente. A força militar ainda se solidarizou com os familiares das vítimas e disse que vai instaurar um inquérito para apurar as circunstâncias do acidente. Em seguida, o documento deve ser enviado ao Tribunal Marítimo. Fonte: G1

Náutica

Lancha com nove pessoas afunda no Lago Paranoá

Segundo Corpo de Bombeiros, piloto e passageiros foram resgatados. Acidente foi na tarde de sábado (6), próximo ao Cota Mil Iate Clube Uma lancha com nove pessoas afundou no Lago Paranoá, em Brasília, na tarde de sábado (6). Segundo o Corpo de Bombeiros, o piloto e os oito passageiros — três homens e seis mulheres — foram resgatados. O acidente foi próximo ao píer do Cota Mil Iate Clube, no Setor de Clubes Sul, por volta das 18h. Os militares informaram que no momento do naufrágio outras duas embarcações se aproximaram para ajudar no resgate do grupo. Os bombeiros avaliaram as nove pessoas que estavam na lancha, duas delas tiveram ferimentos leves, mas ninguém precisou ser levado ao hospital. A Marinha do Brasil foi acionada para investigar as causas do acidente. Fonte: G1

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