Author name: JcBertolucci

Lago Paranoá Brasília, Pesca

Aquicultura do DF recebe certificado de monitoramento de doenças

Reconhecimento atesta que as tilápias produzidas na Granja Modelo do Ipê, da Secretaria de Agricultura, são sanitariamente seguras para os piscicultores da capital O Centro de Aquicultura da Granja Modelo do Ipê da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) é pioneiro no país em receber o certificado de estabelecimento monitorado para doenças de interesse sanitário e econômico na aquicultura nacional. A certificação foi emitida no mês passado pelo Setor de Sanidade de Animais Aquáticos da Seagri e garante que as tilápias produzidas no local não geram risco sanitário às pisciculturas que adquirirem seu material genético. Centro de Aquicultura Granja Modelo (Foto: Divulgação) Para se tornar referência no monitoramento contra doenças que atingem as tilápias, o Centro de Aquicultura precisou passar por um rigoroso processo de adequação. A equipe elaborou um plano de biosseguridade, procedimentos operacionais padrões, compartimentalização das estruturas e instalação de redes de proteção contra pássaros e animais silvestres. “A primeira etapa desse processo era o cumprimento de um checklist composto por 20 itens sobre biosseguridade e boas práticas em aquicultura. Todos esses itens foram auditados pela nossa equipe”, afirmou o coordenador de Sanidade de Animais Aquáticos da Seagri, Ricardo Raposo. “A segunda etapa é com relação a prevenção de doenças que acometem as tilápias. Fizemos as coletas de amostras e enviamos para o laboratório do governo federal. Testamos 150 indivíduos e todos os resultados foram negativos”, concluiu. Por meio do programa Alevinar, foi necessário não só garantir maior variabilidade genética das tilápias fornecidas aos produtores do DF, mas também uma certificação de que os indivíduos são seguros para o seu plantel, sem risco de disseminação das principais doenças que acometem a espécie. A certificação atesta que a Granja Modelo do Ipê detém o controle de monitoramento com relação a dois vírus e duas bactérias que podem atingir a tilápia: Franciselose, Estreptococoses, Tilapia Lake Virus e Infectious Spleen and Kidney Necrosis Virus. Os peixes passaram por diversos testes com resultado negativo para estas e outras doenças. “A certificação confirma que nós fazemos o monitoramento do estabelecimento para essas quatro doenças, que são de notificação obrigatória. Se uma tilápia apresentar alguma dessas doenças, o produtor vai ter grandes prejuízos com a alta taxa de mortalidade no seu criadouro. Há casos em que isso pode não acontecer, mas os peixes passam a se alimentar menos, dependendo da doença, não chegando ao peso de abate”, explicou o gerente de Produção Animal da Seagri, Ângelo Augusto Procópio Costa. Incentivo à piscicultura A Seagri, por meio da Gerência de Produção Animal, situada na Granja Modelo do Ipê, desenvolve diversas ações para o fomento da piscicultura no DF. Com foco nos pequenos produtores familiares, destacam-se a produção e comercialização de alevinos com alta qualidade genética a preço subsidiado, treinamentos e capacitação em piscicultura, além de incentivo à pesquisa e difusão de tecnologias. O local passou por reforma e renovação do plantel em 2023 e retorna a distribuição de alevinos a partir de outubro. Para conferir todas as capacitações e treinamentos fornecidos pela Seagri sobre piscicultura, acesse o site da pasta.

Náutica

Especialistas orientam cuidados para a prevenção de afogamentos

Desde o começo deste ano até junho, o Samu registrou 27.241 atuações em intervenções móveis de urgência e emergência por unidades móveis Afogamentos estão entre as dez principais causas mundiais de morte de crianças e jovens de 1 a 24 anos. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, nos últimos 10 anos, quase 250 mil pessoas perderam a vida por afogamento, sendo quase 82 mil delas crianças de 1 a 14 anos. Apenas em 2019, mais de 235 mil pessoas no mundo morreram desta forma. Estatísticas de salvamento envolvendo afogamentos causam preocupação (Foto: Divulgação) De acordo com o diretor Samu do Distrito Federal, Victor Arimatea, apesar de toda tecnologia implementada nas centrais de regulação, as estatísticas de salvamento envolvendo afogamentos causam preocupação e é preciso responsabilidade por parte da população | Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF Diretor do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Distrito Federal, Victor Arimatea ressalta que, apesar de toda tecnologia implementada nas centrais de regulação, com viaturas avançadas e operações de resgate aeromédico, as estatísticas de salvamento envolvendo afogamentos causam preocupação e é preciso responsabilidade por parte da população. “É um apelo nosso pela prevenção. Hoje temos números menores em relação ao passado, mas claro que o nosso objetivo é que seja zero, que qualquer tipo de situação de afogamento seja evitada”. Lago Paranoá Com o calor e a seca enfrentados na capital, o Lago Paranoá, um dos pontos turísticos de Brasília mais requisitados para os que desejam se refrescar, também é um local onde os casos de afogamento e acidentes são frequentes. No último dia 28 de julho, um idoso de 60 anos morreu afogado ao tentar atravessar um ponto do lago. Uma semana antes, um homem, de 27 anos, também faleceu após cair de uma embarcação, próximo à Ponte JK. Desde o começo deste ano até junho, o Samu registrou 27.241 atuações em intervenções móveis de urgência e emergência por unidades móveis, dos quais sete foram casos de afogamento, todos do sexo masculino. Em 2023, foram 64 mil registros de atendimento, dos quais 15 foram casos de afogamentos. Dez das vítimas eram homens. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), anualmente, nos últimos 10 anos, quase 250 mil pessoas perderam a vida por afogamento, sendo quase 82 mil delas crianças de 1 a 14 anos | Foto: Breno Esaki/Agência Saúde Além de mortes, os acidentes constituem importante causa de sequelas neurológicas. Para ajudar a evitar mortes e aumentar a conscientização, o dia 25 de julho foi escolhido como o Dia Mundial de Prevenção do Afogamento. Em agosto de 2017, Alice, então com um ano de idade, se afogou em um balde com água enquanto a mãe, Luana Agatha, 34 anos, preparava o almoço. A criança foi atendida pela equipe do Samu de Taguatinga e reanimada após duas paradas cardiorrespiratórias. Diagnosticada com paralisia cerebral, hoje Alice tem 8 anos e faz acompanhamento com fisioterapeuta, fonoaudióloga, terapeuta ocupacional e psicóloga. A chefe do Núcleo de Educação em Urgências do Samu-DF, Carolina Azevedo, reforça a necessidade de atenção redobrada com os bebês e crianças próximas à água, e alerta adultos para fatores de risco como o uso de bebida alcoólica em ambientes aquáticos, que causa o comprometimento do equilíbrio, da coordenação e da velocidade de reação do indivíduo, até mesmo para quem sabe nadar, aumentando as chances de acidentes. “O afogamento ocorre quando menos se espera. Qualquer reservatório de líquidos precisa ser esvaziado após o uso. É preciso manter cisternas, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com alguma proteção. Os tripulantes de embarcações devem utilizar colete salva-vidas. E se fizer ingestão de álcool, não entre na água”, aponta. Como ajudar Caso o indivíduo esteja em uma piscina ou em profundidade que seja possível alcançar, é preciso retirá-lo da água o mais rápido possível. Se não, é preciso pedir ajuda para resgatá-lo com segurança ligando para o Samu pelo 192 ou Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) pelo 193. “A pessoa pode jogar algo flutuante como uma boia, uma garrafa pet vazia tampada ou uma tampa de isopor, para apoio da vítima e ligar para o Samu ou Bombeiros. Ao retirá-la da água, verifique se está respirando. Caso esteja, deite-a de lado à direita. Se a vítima não responder e não respirar, inicie as compressões conforme orientação da regulação médica a ser repassada pelo Samu pelo telefone”, ensina Azevedo.

Náutica, Turismo

Feira náutica desembarca em Brasília para fomentar turismo no Lago Paranoá

Marca conhecida nacionalmente, o Boat Show ocorre na orla da Concha Acústica com apoio do GDF e programação gratuita A capital federal recebe, entre os dias 14 e 18 de agosto, a primeira edição do maior evento náutico do Centro-Oeste, o Brasília Boat Show. Serão quatro dias em que a orla da Concha Acústica ficará tomada por embarcações e atrações musicais, gastronômicas, culturais e esportivas. O evento atende uma demanda do segmento no Distrito Federal, que possui a quarta maior frota náutica do país. Foto: Renato Alves/ Agência Brasília O lançamento do festival ocorreu nesta quarta-feira (14) em uma cerimônia com a presença do governador Ibaneis Rocha. Durante a ocasião, o chefe do Executivo destacou o apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Turismo (Setur-DF), para trazer o Boat Show a Brasília e fomentar o turismo e o uso do Lago Paranoá. “A população do Distrito Federal tem paixão pelo Lago Paranoá e, desde 2019, que a gente trabalha para trazer o primeiro Boat Show para cá”, afirmou o governador. “Brasília precisava desse evento para consolidar o que é uma das maiores maravilhas que o Brasil tem: o Lago Paranoá”, acrescentou. Ibaneis Rocha lembrou que a realização do evento na Concha Acústica foi possível graças à reforma do espaço. “Essa é uma das áreas que têm um potencial turístico muito grande e que estava totalmente abandonada. O museu [MAB] estava fechado e as praças destruídas. Fizemos um grande investimento para devolver esse espaço esplêndido ao DF”, destacou. Foram investidos R$ 8,2 milhões por este GDF na construção de calçadas, estacionamento, paisagismo e uma praça que interliga a área ao Museu de Arte de Brasília (MAB). Em 2021, o espaço já havia tido a estrutura interna totalmente restaurada, com investimento de R$ 500 mil. A ideia, agora, é investir na criação de uma náutica pública para atender a população do DF. Turismo náutico A expectativa dos organizadores é que o evento reúna mais de 10 mil pessoas de Brasília e também de estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. A vinda do evento à capital federal era um desejo antigo da marca que tem edições por vários locais do Brasil. Este ano, antes da edição brasiliense, o festival passou pelo Rio de Janeiro e Santa Catarina. São Paulo, Bahia e Paraná são os próximos estados a sediar o Boat Show.“Faz 15 anos que eu estou tentando trazer o Boat Show para cá e não tinha lugar, era difícil e a Concha Acústica estava destruída. Agora tive a surpresa quando disseram que a gente podia vir, que estava tudo arrumado. Então foi um prazer. Acho que vai gerar emprego, turismo e vida ao Lago Paranoá”, afirmou o CEO do Boat Show, Ernani Paciornik. O secretário de Turismo, Cristiano Araújo, destacou que o turismo náutico está dentro do planejamento estratégico da Secretaria de Turismo. “O Lago Paranoá é um grande patrimônio que Brasília tem. O clima daqui também é favorável aos esportes náuticos. E o Boat Show é um evento emblemático, conhecido nacionalmente e mundialmente”, afirmou.“Esse mercado representa 15% no Brasil, uma parcela significativa. Então é cada vez mais importante estimular esse mercado que só tende a crescer”, complementou o titular do Turismo. Programação O grande destaque é a exposição de 30 embarcações, entre pequenos barcos, lanchas de luxo, pontoons e jets, incluindo o primeiro jet elétrico do Brasil. Os barcos podem ser visitados nos estantes e até testados na água pelos visitantes. Os test-drives serão feitos a partir de agendamento direto com os expositores, seguindo as normas de cada empresa e marca. Também serão apresentadas as novidades tecnológicas por 20 marcas do setor. Além disso, o evento investe em atrações para a família, com música ao vivo, espaço gastronômico, playground temático, uma minipraia e atividades aquáticas, como wakeboard e kitesurf. Foi essa diversidade que incentivou a servidora pública Lívia Sena, 41 anos, a ir ao evento com os filhos gêmeos e o marido. “A gente gosta muito de lancha, especialmente meu marido. Então a gente veio mesmo para conhecer o evento. Meus filhos estão adorando. Querem entrar em tudo, tirar foto e adoraram a parte para criança, a brinquedoteca e os personagens”, disse. Pela primeira vez em Brasília, a aposentada Elza Braúna, 70, se emocionou ao ver o Lago Paranoá. “Não imaginava nada disso. É tanta beleza que eu nunca vi. Sou de Campo Grande, no Mato Grosso Sul, e lá não tem nada tão bonito assim”, revelou. Poder entrar nas embarcações foi outro ponto destacado pela mulher: “Eu quis vir conhecer para ver se eu entrava em algum desses barcos”.

Náutica

Semana do Lago Limpo chega à 12ª edição

Ação coordenada pela Adasa, entre quinta e sábado, fará a limpeza do Lago Paranoá e a reforma de lixeiras e estruturas do Deck Sul Em celebração ao World Cleanup Day, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) realizará a 12ª edição da Semana Lago Limpo, no Deck Sul do Lago Paranoá, de quinta (19) a sábado (21). A ação – que tem como objetivo conscientizar e envolver a população na preservação dos recursos hídricos da região – é organizada em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF), a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), o Instituto Brasília Ambiental, o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso do Distrito Federal (Funap-DF), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), a Associação Brasileira de Esportes e Pesca Subaquáticos (DFSUB), o Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (PMDF Ambiental), a Administração Regional do Plano Piloto e a Associação de Pesca Esportiva, Subaquática e Conscientização Ambiental do Distrito Federal (ASPSSHARK-DF). Quinta e sexta, das 8h às 12h, a Adasa coordenará as ações de limpeza das margens e do espelho d’água do Lago Paranoá, além da reforma de lixeiras e estruturas do Deck Sul. A atividade contará com a participação de reeducandos da Funap-DF, destacando o compromisso com a inclusão social no cuidado ao meio ambiente. Sábado, será realizado um grande evento para promover a retirada de resíduos do Lago Paranoá por mergulhadores, seguido da tradicional pesagem e destinação correta do lixo recolhido. Paralelamente, o público poderá participar de atividades educativas e recreativas, promovidas pelo Adasa na Escola, com foco na conscientização sobre a preservação ambiental e o descarte responsável de resíduos. Também será possível conhecer parte do acervo do Museu da Limpeza Urbana que será exposto durante o evento, com objetos inusitados encontrados pelos garis durante as coletas de lixo. Lago Limpo Criada em 2011 pela Adasa, a Semana Lago Limpo tem como objetivo chamar a atenção de autoridades e da sociedade para a importância da conservação dos recursos hídricos do Distrito Federal, com enfoque no Lago Paranoá, o principal corpo d’água de múltiplos usos da região. Desde a criação, o evento já retirou toneladas de lixo do lago, promovendo a participação ativa da população nas práticas de sustentabilidade e preservação ambiental. Entre os resultados de edições anteriores, destacam-se a retirada de 700 kg de resíduos em 2023, 2 toneladas em 2021, e impressionantes 8,4 toneladas em 2013, evidenciando o impacto positivo e contínuo das ações de limpeza na qualidade ambiental do Lago Paranoá. Dando continuidade ao compromisso de limpeza do Lago, a Adasa também irá realizar ações de limpeza no Deck Norte, em outubro, reafirmando seu papel na conservação do meio ambiente e na promoção da qualidade de vida no Distrito Federal.

Náutica

Mais de 1,5 mil quilos de lixo são retirados do Paranoá na 12ª edição do Lago Limpo

Pneus, garrafas, latas, cadeirinha de plástico e até um triciclo foram recolhidos em ação de conscientização para a preservação de recursos hídricos do DF Terminou neste sábado (21) a 12ª edição da Semana do Lago Limpo. Realizada no Deck Sul, a ação recolheu mais de 1.560 quilos de lixo das margens e do fundo do Paranoá. Tinha pneu, garrafa, lata, cadeirinha de plástico e até um triciclo. Os resíduos foram acondicionados e encaminhados à triagem para que, em seguida, seja feita a destinação adequada, de acordo com a classe do resíduo. Em 2023, foram retiradas sete toneladas de resíduos no Pontão do Lago Sul. A 12ª edição do programa Lago Limpo, realizada no Deck Sul, retirou mais de 1.560 quilos de lixo das margens e do fundo do Paranoá | Fotos: Marco Peixoto/ Caesb O objetivo da ação foi alertar e conscientizar a população sobre o descarte correto de resíduos e a importância da preservação dos recursos hídricos. Mais de 100 voluntários – dentre mergulhadores, reeducandos e estudantes do Centro Universitário UDF –  se uniram no mutirão de limpeza no Lago Paranoá, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema-DF), do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap-DF), da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), do Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), do Batalhão de Polícia Militar Ambiental do Distrito Federal (PMDF Ambiental), da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF), da Administração Regional do Plano Piloto (RA-PP), da Associação de Pesca Esportiva, Subaquática e Conscientização Ambiental do Distrito Federal (ASPSSHARK-DF) e da Associação Brasileira de Esportes e Pesca Subaquáticos (DFSUB). “Este sábado ficou marcado pela união e compromisso da Caesb e de vários órgãos do GDF com a preservação dos recursos hídricos da capital, sob o comando do governador Ibaneis Rocha”, afirmou o presidente da Caesb, Luís Antônio Reis. “O Lago Paranoá tem uma história de superação. A Caesb teve um papel fundamental nesse processo. O sucesso do Programa de Despoluição do Lago Paranoá possibilitou transformar um corpo receptor de esgotos em um novo manancial de água para a população do Distrito Federal, além de ser utilizado para esportes náuticos, pesca recreativa e atividades de lazer.” Ao longo da semana, a limpeza das margens e do espelho d’água do Lago Paranoá foi coordenada pela Adasa, com a participação de reeducandos da Funap. Deuselita Martins, diretora-executiva da Fundação, destacou a importância do trabalho realizado pelos internos na ação de limpeza. “O serviço iniciou bem antes dessa semana de limpeza, com os detentos confeccionando 20 sextos flutuantes utilizados na coleta de resíduos no espelho d’água. O contato direto com o problema do lixo – e como ele afeta o espaço que deveria ser de lazer – é uma experiência muito válida para eles,” afirmou. Hoje, a programação incluiu atividades educativas e ambientais, com dinâmicas relacionadas à limpeza do lago e ao descarte correto de resíduos. A unidade móvel de água da Caesb também marcou presença no evento, para hidratar o público que trabalhou como voluntário e os moradores que foram prestigiar a ação. Além da limpeza, a programação incluiu atividades educativas e ambientais, com dinâmicas relacionadas à limpeza do lago e ao descarte correto de resíduos Ação voluntária Diretor-presidente da Adasa, Raimundo Ribeiro destacou o espírito de colaboração da Semana do Lago Limpo. “Esses voluntários não recebem nada por isso; ao contrário, investem seu tempo e recurso. Isso demonstra que quando a sociedade está motivada, pode trabalhar em parceria com o governo”, ressaltou. “Estamos aqui limpando, mas o essencial é que a população não jogue lixo no lugar errado.” O mergulhador e economista Esteves Colnago, 50 anos, foi um dos voluntários do evento neste sábado. Com 30 anos de experiência em mergulho, essa é a primeira vez que ele participa de uma ação no Paranoá. “O mergulho permite ter um outro olhar para a natureza. Já participei de uma ação em Brazlândia, no Lago Veredinha. Naquela ocasião, foram retirados muitos pneus, garrafas, pedaços de madeira e, por incrível que pareça, postes de quadra de vôlei”, relatou. “A lição que fica para a gente é a importância de se preservar a natureza e o meio ambiente”, disse Maria de Fátima Portela Para o economista, participar da ação é valorizar o cartão postal de Brasília, que é o Paranoá: “É um trabalho fantástico que faz com que as pessoas sejam conscientizadas a não jogar lixo no lago.” Ele também elogiou o trabalho que os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF) fazem com os mananciais da capital. “O lago acaba sendo transformado em uma opção de lazer e atividades esportivas. A ação ajuda a conscientizar as pessoas a não jogar lixo no lago; lá não é depósito, não pode ter garrafas ou pneus, porque isso faz mal não só para as pessoas, como também para a natureza”, observou. A aposentada Maria de Fátima Portela, 62 anos, moradora de Santa Maria, destacou que o evento é muito importante. “A lição que fica para a gente é a importância de se preservar a natureza e o meio ambiente. Eu mesma saio de casa sempre com uma sacola de lixo e recolho as coisas na rua. Sempre faço a minha parte”, contou. “Quero parabenizar o GDF e o governador Ibaneis Rocha pelo excelente trabalho que tem sido feito na preservação dos recursos hídricos”.

Náutica

Idoso cai de lancha desgovernada e morre em Brasília

Homem de 73 anos teve parada cardiorrespiratória, foi levado a hospital, e não resistiu Um homem de 73 anos morreu após ter uma parada cardiorrespiratória, na tarde de sábado (29), quando caiu de uma lancha desgovernada no Lago Paranoá, em Brasília. A morte do idoso ocorreu neste domingo (30). Ele havia sido levado para o Hospital de Base após 40 minutos de reanimação, no local do acidente (saiba mais abaixo). Segundo a Polícia Civil do DF, que investiga o caso, ainda não se sabe porque as pessoas saltaram na água. Conforme a 1ª DP, o piloto fugiu do local, mas foi identificado. Os bombeiros disseram que a lancha só parou ao se chocar contra o muro da margem do lago. Ainda de acordo com os militares, o homem de 65 anos e o piloto conseguiram sair sozinhos da água, já o homem de 73 anos foi resgatado por pessoas que estavam na orla e em outras embarcações. Idoso foi reanimado durante 40 minutos no local; Marinha abriu inquérito De acordo com o Corpo de Bombeiros, que atendeu a ocorrência, o idoso de 73 anos foi reanimado durante 40 minutos, até os batimentos cardíacos serem restabelecidos. Ele foi, então, levado para o Hospital de Base, onde morreu neste domingo. Em nota, a Marinha disse que a Capitania Fluvial de Brasília prestou apoio às vítimas e que instaurou um inquérito “para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do ocorrido”. Fonte: G1

Lago Paranoá Brasília, Náutica

Paraíso brasiliense

A orla do lago Paranoá conecta os brasilienses e os turistas à natureza, além de possibilitar a prática de esportes O lago Paranoá é um local de lazer, conexão com a natureza, propício a práticas de esportes e tem na sua orla um ambiente que faz o brasiliense se sentir em um clima litorâneo a mais de 1.000km do mar. Desde 2017, com o Orla Livre, a área aquática se tornou um local mais democrático, acessível e propício à prática esportiva, com a criação de ciclovias e terminais de transportes aquaviários em espaços antes ocupados de forma privada e irregular. São vários os pontos interessantes, entre eles estão locais do Morro da Asa Delta ao Pontão do Lago Sul, na costa sul da margem. Os frequentadores sabem dos benefícios de visitar o enorme ponto aquático da capital aberto para o público em geral. Orla da Concha Acústica no setor de clubes Norte (Foto: JCBertolucci) A orla do lago Paranoá é uma das quatro escalas bucólicas de Brasília e foi pensada por Lúcio Costa desde o início. É o que conta Angelina Nardelli Quaglia, arquiteta urbanista, atual vice-presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal (Condepac-DF) e conselheira no Conselho de Desenvolvimento de Turismo do Distrito Federal (Condetur-DF). “Imagina como é agradável um parque linear com recuperação da orla do lago, permitindo, por exemplo, passeios de bicicleta e a pé, que cadeirantes e pessoas com baixa mobilidade também possam usufruir de um pôr do sol na beira da água. Isso é um excelente beneficío, em especial depois da covid-19. Onde percebemos que o verde e o acesso à natureza são muito importantes para o desenvolvimento humano”, reforça. O morador do Sudoeste Josivaldo da Cruz, 42 anos, conta que vai à orla do lago uma vez ao mês para praticar a pesca de objetos perdidos. “Venho nas horas vagas para aproveitar e pescar, relaxar um pouco, dar uma volta”, disse ele, acrescentando que tem planos de futuramente pedalar no local. “Eu tenho uma bicicleta, estou fazendo uma programação com meu irmão para darmos uma pedalada por aqui”, revelou ele, que estava acompanhado dos amigos José Antônio e Givanildo da Silva. Brasília Boat Show, teve sua primeira edição realizada em 2024 (Foto: JCBertolucci) Atividades diversas A bancária Sara Serique, 45, faz sua caminhada três vezes na semana e, ao lado do companheiro, José Neto, 49, comentou sobre as diversas atividades que a orla proporciona. “Fazer um piquenique é muito legal. Sou muito fã porque o ambiente é outro, a pista é grande. Dá para correr, andar, pedalar. Além de ter muito contato com a natureza. E tem as capivaras, que são maravilhosas”, descreveu. Cleiton Cesar, 42, frequenta a orla do lago desde 2017 com a esposa, Sandra, e a filha, Eloah. Ele destacou a importância de o local ser aberto ao público. “O DF tem uma carência de lugares como este. Onde moramos, em Samambaia, não há muitos lugares assim, em que temos acesso a ambientes de lazer e segurança. Acredito que é preciso ter mais locais como este, de diversão e calmaria”, comentou. Pôr do sol visto do Pontão do Lago Sul (Foto: JcBertolucci) Alerrandra da Silva, 25, estava na orla realizando o ensaio fotográfico do “mesversário” de seu filho, Gael, e comentou sobre os benefícios da região. “Passar um tempo livre, entrar em contato com a natureza, se desconectar um pouco das redes sociais são alguns dos prazeres deste local. O lago é público e deve ser de todos nós”, destacou. Os amigos Pedro Vinicius Pereira, 25, Caion Correia, 22, e Thiago Shindy, 18, contam que vão à orla pelo menos duas vezes ao mês e é um dos poucos lugares de Brasília que proporcionam praticar diversos tipos de esportes, como corrida, natação e musculação, além de apreciarem uma bela vista. “O público deveria ter um acesso mais fácil a essa região”, conclui Pedro.Orla Livre. Lançado em 2017, o projeto Orla Livre buscou a desocupação da orla do Lago Paranoá, retirada de construções a menos de 30m das margens da água e implantação de infraestruturas variadas na Área de Preservação Permanente (APP), tornando-se um local democrático, acessível e propício à prática esportiva, com a criação de ciclovias e terminais de transportes aquaviários, além de lazer ao ar livre e conexão com o meio ambiente. O projeto restabeleceu a área como um espaço público para toda a população desfrutar.

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